
I am a Baiana, born in Salvador in the state of Bahia in Brazil. I am the daughter of migrants who settled in the capital in search of other life options and where they formed a family. My mother came from the backland of Ceará, from the Vale dos Inhamuns region and my father from the Rio do Meio region, inland Bahia. I grew up in the middle of a capital, but was also connected to the backland. This relationship drove me to always look closely at the rural world.
I started my studies with a degree in Social Sciences at the Federal University of Bahia (UFBA), where I started the process of scientific initiation studying the rural theme in Brazilian cinema, concomitant with the various themes related to agrarian issues. To conclude the course, I focused on making women’s work visible in the countryside, working with women from a riverside village in the Middle São Francisco. I was able to work with policy makers to confront domestic violence against women, a trajectory that I have followed for many years.
Throughout my academic and professional life, I have been able to establish research and personal relationships with diverse traditional communities, ribeirinhas, quilombolas, fundo e fecho de pasto and urban collectives, among others.
I went on to do a Master’s degree in Social Sciences, also at UFBA, with the construction of an analysis on territorial conflict with quilombolas in the region of Baixo Sul in Bahia. It was on this path towards completing my Master’s degree that I became Iara’s mother.
Motherhood came together with my personal experiences in the field of public health, with works related to the themes of Zika virus, rare diseases, genomic medicine and now cutaneous leishmaniasis (CL). Within these fields, the close relationship between care and gender stood out to me as a researcher. I was then mobilized to begin my doctorate, which I do at the State University of Rio de Janeiro, with a research focus that follows the trajectory of mothers in the field of rare diseases and neglected diseases, such as CL.
It is from this involvement that I have the great opportunity to join the ECLIPSE18 team in Brazil as a PhD student where I will engaged with ethnographic approaches.
Eu sou Baiana, nascida em Salvador-Brasil, filha de migrantes que se estabeleceram na capital em busca de outras opções de vida e aqui formaram uma família. Minha mãe veio do sertão do Ceará, da região do Vale dos Inhamuns e meu pai da região de Rio do Meio, interior da Bahia. Cresci nos entremeios entre uma capital e uma vida ligada ao sertão. Essa relação me impulsionou a ter sempre um olhar atento ao mundo rural.
Iniciei os estudos com a graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal da Bahia, onde comecei o processo de iniciação científica estudando a temática rural no cinema Brasileiro, concomitante aos vários temas ligados a questão agrária. Para conclusão do curso trabalhei com a temática da visibilzação do trabalho feminino no campo, com mulheres de um povoado ribeirinho no Médio São Francisco. Com a conclusão do curso pude trabalhar com políticas públicas de enfretamento a violência doméstica contra a mulher, trajetória que sigo acompanhando por longos anos.
Em distintos projetos de pesquisa e intervenção social, me envolvi e trabalhei na área da sociologia e antropologia com temas ligados as questões de gênero, conflitos territoriais e socioambientais, cartografia social, memória social, saúde coletiva, entre outros temas. Ao longo da vida acadêmica e profissional pude estabelecer relações de pesquisa e afeto com comunidades tradicionais diversas, ribeirinhas, quilombolas, de fundo e fecho de pastos, coletivos urbanos, entre outros.
Segui no mestrado em Ciências Sociais também na UFBA com a construção de uma análise sobre conflito territorial com quilombolas na região do Baixo Sul da Bahia. E nesse caminho de conclusão do mestrado, me tornei mãe de Iara.
A maternidade veio junto com as experiências mais próximas no campo da Saúde Coletiva, com trabalhos ligados aos temas do Zika Vírus, Doenças raras, medicina genômica e agora Leishmaniose Cutanea. Nesses campos, uma relação estreita entre cuidado e gênero se destacaram ao meu olhar enquanto pesquisadora, e então me mobilizaram ao doutorado, que realizo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com uma pesquisa que acompanha trajetória de mães no campo das Doenças raras e doenças negligenciadas, LC.
Desse envolvimento tive a grande oportunidade de integrar a equipe do ECLIPSE18 no Brasil como pesquisadora assistente, para acompanhamento das ações de etnografia.